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La Bitácora del Dr. Ucha

INFLUÊNCIAS DA MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DA NATAÇÃO* 1

INFLUÊNCIAS DA MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DA NATAÇÃO* 1

INFLUÊNCIAS DA MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DA NATAÇÃO*

ALAN RANIERE SILVA XAVIER**

Instituição: Universidade Federal de Rondônia-Brasil

RESUMO

Este artigo é o resultado de uma pesquisa de campo realizada em três escolas de natação de Porto Velho, tendo como tema de abordagem, a influência da motivação na prática da natação. Os objetivos foram baseados nas investigações sobre os tipos de motivos dos alunos, entrevista com os técnicos para verificação sobre o conhecimento dos mesmos na existência de motivação ou não por parte de seus alunos. A fundamentação teórica baseou-se nas idéias de Samulski (1995), Becker (2000), Singer (1979) entre outros autores.  A metodologia utilizada foi o estudo descritivo, tendo uma abordagem do tipo quali-quantitativa, com característica de pesquisa de motivação, com a descrição dos registros, análise e interpretação dos fenômenos pesquisados. Com o intuito de conhecer os principais motivos que levam os alunos a praticarem a natação, e se essa motivação influi no seu rendimento final na prática. A pesquisa permitiu avaliar a diversidade de motivos entre os praticantes de natação, observando que os níveis de motivação influem diretamente no rendimento dos alunos, principalmente no que diz respeito a resultados. Por que com uma baixa motivação, conseqüentemente o aprendizado torna-se prejudicado. Portanto, não haverá a otimização dos resultados dos alunos.     

PALAVRAS-CHAVE: motivação, alunos, natação, técnicos.

ABSTRACT

This work is the result of a research of field carried through in three schools of swimming of Porto Velho, having as boarding subject, the influence of the motivation in the practical one of swimming. The objectives had been based on the inquiries on the types of reasons of the pupils, interview with the technician for verification on the knowledge of the same ones in the existence of motivation or not on the part of its pupils. The theoretical recital was based on the ideas of Samulski (1995), Becker (2000), Singer (1979) among others authors. The used methodology was the descriptive study, having a boarding of the quali-quantitative type, with characteristic of motivation research, the description of the registers, analysis and interpretation of the searched phenomena. With intention to know the main reasons that take the pupils to practise swimming, and if this motivation influences in its final income in the practical one. The research allowed to evaluate the diversity of reasons between the swimming practitioners, observing that the motivation levels influence directly in the income of the pupils, mainly in what says respect the results. Why with one low motivation, consequently the learning becomes wronged. Therefore, it will not have the otimização of the results of the pupils.

KEY WORDS: motivation, pupils, swimming, technician.

1-INTRODUÇÃO

      A motivação é uma das molas propulsoras para um bom rendimento, em qualquer atividade desportiva ou social, ela determina as formas de um comportamento dirigido a um determinado objetivo. Na natação não é diferente, por tratar-se de um esporte extremamente técnico, altos níveis de motivação são exigidos, para obtenção de resultados ótimos.

     A partir de estágios e a vivência como atleta de natação, amadureceu-se a escolha do tema, no qual está em grande ascendência em todo mundo, a busca de uma atividade física, para uma melhor qualidade de vida, ascensão social, status, e por se tratar de um esporte extremamente com qualidades favoráveis para a nossa região. Para o levantamento dos dados optou-se por entrevistas com (03) técnicos e questionários aos (23) alunos, nos quais descreveram sobre suas aspirações futuras, principais desejos e os motivos nos quais incidiram sua escolha pela natação. Para assim, ter como base de motivação a incidência dos principais motivos existentes nos atletas de natação. Além do mais, pelo motivo de nosso país ser sede de um grande evento esportivo, o número de praticantes tende a aumentar, crianças com sonhos de se tornarem campeões, de representar sua escola, estado ou país. No entanto, todas essa condições favoráveis, nem sempre fazem os praticantes terem uma participação uniforme e constante e, é esse o objetivo da pesquisa, descobrir se a motivação influi na prática desportiva da natação.

2- A ARTE PRÁTICA DA NATAÇÃO

      É um dos exercícios físicos mais completos a ponto de exercer o simples divertimento ou a prática desportiva, para ser utilizado com finalidades terapêuticas na recuperação e atrofias musculares devido à ausência de forças gravitacionais diretas. Enfim, pensou em saúde, a natação é o desporto mais indicado e, que pode ser praticado em qualquer idade, independente do sexo, religião, raça e cor. Um esporte completo.

      Nadar significa deslocar-se equilibradamente no meio aquático. Dizer que uma pessoa não sabe nadar quando ela consegue flutuar e locomover-se sem os pés no chão, está errado. Porém, à luz da técnica, nadar significa desenvolver uma das seqüências de movimentos previstas para os nados: Crawl, costas, peito e borboleta (golfinho). A natação é dividida em quatro estilos: Borboleta, costas, peito, crawl e o Medley (junção dos quatro estilos citados). A evolução histórica trouxe novos estilos e técnicas mais apuradas visando velocidade e destreza nos movimentos, transformando uma simples atividade saudável em um dos esportes de rendimento mais praticados no mundo todo.

2. 1 Técnicas dos estilos

        A técnica desportiva fundamenta-se como o domínio completo das estruturas motoras econômicas dos exercícios esportivos, levando sem consideração o resultado máximo obtido nas mais difíceis condições da competição ou de realização do desporto. (Djackov apud Weineck,1989).  Portanto, no que diz respeito à prática desportiva, a técnica é elemento fundamental na busca de resultados, pois sem ela o atleta é impedido de colocar suas potencialidades físicas (força, resistência, flexibilidade etc.) em ascendência na sua performance.   Para a obtenção da perfeição técnica, podem ser levados em consideração o seu nível inicial e as experiências motoras adquiridas. Os atletas com melhor treinamento em coordenação aprendem a execução técnica específica da modalidade mais rápido, do que outros que possuem um repertório inferior. Assim, a motivação exerce importância na aquisição de movimentos técnicos e, a natação torna-se um esporte cíclico e muito técnico por ter estilos diferentes com particularidades e respectivos movimentos para cada ação. Na natação existem 4 modalidades (estilos) que são: Borboleta, costa, peito e Crawl, estilos esses que serão  descritos a seguir.

Para MACHADO (1995), as técnicas dos nados crawl e costas apresentam-se da seguinte forma:

2.1.2 Nado de Crawl

            É o estilo mais rápido, a movimentação do nadador ocorre com o abdome voltado pra baixo, onde a pernada e braçada movimentam se de forma alternada, para um melhor apoio na água, à alternância dos braços se segue de maneira tal que comece a puxar a água imediatamente antes que o outro termine sua ação. A respiração é lateral no momento em que um dos braços está fora da água, às braçadas são o ícone do nado, pois, quanto mais braçadas, melhor o rendimento.

2.1.3 Nado de Costas

    O nadador deve nadar sobre suas costas durante todo o percurso, sair dessa posição pode ocorrer desclassificação do mesmo. A batida de pernas é semelhante à pernada do estilo crawl, os braços alongam-se por cima da cabeça de forma alternada e, entram na água passando próxima a orelha, com a palma da mão voltada para fora. Na tração (empurre), o braço empurra a água e impulsiona o corpo em sentido oposto.

De acordo com COLWIN (1984), as técnicas dos nados peito e borboleta apresentam-se:

•2.1.4          Nado Peito

O nado peito é certamente o mais antigo dos estilos, pois historicamente foi dele que surgiu o nado crawl, com algumas variações. A origem do nome vem da posição a qual o nadador faz o deslocamento, (sobre o peito). É o mais lento dos estilos, é executado com os braços e pernas estendidas com as palmas das mãos voltadas para fora, com o rosto dentro da água. A propulsão de pernas inicia-se com a flexão dos joelhos, trazidas próximas ao corpo, seguidas pelo movimento dos braços que se abrem e se recolhem à altura do peito. A condução das pernas para traz é a principal forma de impulsão do nadador, seguida pela ação dos braços que são estendidos à frente. Na respiração o nadador ergue a cabeça para fora da água fazendo a inspiração do ar.

2. 1.5  Nado Borboleta (Golfinho)

         É o mais novo dos estilos, é o que exige também o maior dispêndio de aplicação de força, por se tratar de um nado no qual existem duas fases, que são: aérea e submersa têm como principal ação o movimento simultâneo da ação das pernas e dos braços.

        Todos os estilos possuem ainda particularidades, inerentes a cada um, como: posicionamento do corpo, saídas, viradas, chegadas, o que aumenta ainda mais a complexidade desse esporte. Aumentando ainda mais as tensões psíquicas desse esporte.

3 ASPECTOS GERAIS DA MOTIVAÇÃO

        De acordo com SAMULSKI (1995:104), "motivação caracteriza-se como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação entre fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos)". Já para SINGER (1977), trata-se de motivação a insistência em caminhar em direção a um objetivo. O autor afirma que em certas ocasiões, nosso "incentivo" principal, pode ser o alcance de uma recompensa e em outras ocasiões esse "incentivo" pode tomar a forma de um impulso interno para o sucesso, para aprovação de terceiros ou para a auto-realização.

        Contudo, vários fatores motivam o ser humano, seja no dia-a-dia, tanto de forma interna como de forma externa. Agora a força de cada motivo e seus padrões ocorrem, influenciam e são influenciados pela maneira pelo poder de cada indivíduo de perceber o mundo. A motivação é incontestavelmente variante no comportamento de uma pessoa, ela influi, com muita propriedade nas decisões, conceitos, atitudes, atividades chegando até a permitir ou não um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades que relacionem aprendizagem, desempenho e atenção.

        Com um olhar mais específico, estudar a motivação implica em examinar as razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar tarefas com maior desempenho do que outras, ou ainda, persistir em uma atividade por um longo período de tempo.

        No mundo onde vivemos, somos cercados por uma gama de valores, situações e motivos que a qualquer momento pode levar-nos a uma ação ou reduzir-nos a uma imobilidade total. Intensifica-se assim, a idéia na qual há uma extrema dificuldade em mensurar a motivação de uma maneira precisa, porque a mesma é influenciada, pelo fato de que verbalizações, humor, sentimentos são inconstantes no ser humano.

3.1 Motivos

       Para MACHADO (1997), o termo motivação envolve qualquer comportamento dirigido para um objetivo ou um estado interior emocional, que pode despertar interesse ou a dedicação do indivíduo para algo, mesmo precisando esforçar-se para alcançá-lo.

Os motivos têm extrema influência nas decisões, são advindas de várias fontes, essas fontes podem ser externas ao indivíduo, incluindo-se as diversas recompensas sociais manifestas ou latentes (como um elogio, por exemplo) e sinais de sucesso mais palpáveis (dinheiro e presentes). As outras fontes podem ser resultados da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento e etc, bem como, aquelas que parecem surgir de algumas características da própria tarefa.

3.2 A motivação no Esporte

      Por que uma pessoa dedica-se a uma modalidade esportiva treinando, vários dias na semana, enquanto outra se dedica a outra modalidade treinando várias horas por dia? A resposta para esses questionamentos com a seguinte palavra: motivação, que como vimos anteriormente, é a totalidade dos fatores que determinam as formas de comportamentos dirigidos a um determinado objetivo, à motivação para a prática esportiva depende da interação entre vários fatores que podem ser: personalidade, expectativas, motivos, necessidades, interesses, e fatores do meio ambiente, como facilidades, tarefas atraentes, desafios e influências sociais. (SAMULSKI apud CÁRDENAS 2006). A importância dos fatores pessoais e situacionais citados, podem mudar dependendo das necessidades e oportunidades atuais no decorrer da vida.

Inúmeros pesquisadores como BECKER (2000), SAMULSKI (1995) analisaram os motivos pelos quais as crianças se envolvem em programas esportivos. Destacando-se:

  • Ter alegria;
  • Aperfeiçoar suas habilidades e aprenderem novas;
  • Praticar com amigos e fazer novas amizades;
  • Adquirir forma física;
  • Sentir emoções positivas.

          Esses fatores influenciam a prática desportiva no que diz respeito aos motivos e, a sua intensidade, a permanência ou a desistência na prática desportiva, após as expectativas ou motivos acima citados, já não se encontra no último degrau da motivação do atleta, levando a baixa motivação ou a inexistência da mesma.

3.3 Classificação dos Motivos no Esporte

     No decorrer da descoberta e escolha de um desporto por um indivíduo, passam a surgir vários motivos que incitam o aluno a vincular-se de forma sistemática com a prática esportiva, os quais serão analisados através da seguinte tabela:

TABELA 1

 Classificação dos Motivos no Esporte (segundo Schubert & Puni apud Cárdenas 2006).

Tipos

Características

Exemplo

1. Pessoais

Apontam a amplitude dos objetivos na prática esportiva.

- Esforço-me no treinamento, pois desejo ser um atleta famoso.

2. Sociais

 

(Beneficia o atleta, a equipe, o estado, país, etc).

- Esforçar-me no treinamento, pois desejo que minha equipe obtenha bons resultados na próxima competição;

3. Diretos

Apontam o papel que ocupa o esporte dentro da estrutura da motivação (é o esporte um fim em si mesmo ou um meio para obter outros fins?).

- Pratico este esporte, pelo prazer que sinto treinando e participando em competições.

4. Indiretos

 

Pratico este esporte, porque quero manter a minha forma física.

Fonte: Cárdenas, R. N. A motivação como fator psicológico essencial para a eficiência da prática esportiva.site: www.psicodeporte.net, p, 3-4,2006

     Segundo os autores, quando o atleta encontra-se motivado a ganhar uma medalha para seu estado ou país, sua motivação é classificada como social e direta, mas se o mesmo treina para obter benefícios pessoais, ou ter uma melhoria na saúde, seria um motivo pessoal e indireto. Assim, todos esses motivos podem ajudar no alcance dos bons resultados, conseqüentemente na sua capacidade de realizar seus objetivos, pois o importante é a força dos mesmos. Os motivos diretos e sociais no esporte são aqueles nos quais os atletas gostam de praticá-los, no qual agrada-lhe a participação em competições, em realizar esforços musculares, no qual faz o atleta entregar-se de corpo e alma na prática do esporte.

•3.4    Importância do Objetivo na Motivação do Atleta nos Treinamentos

      Para que o aluno esteja sempre motivado a realizar as atividades dos treinamentos, os objetivos direcionados e as aspirações futuras tornam-se fundamentais para tal processo. Sobre eles Joan Rius Sant apud Cárdenas (2006), informa:

  • O Objetivo deverá ser explícito e específico;
  • O Objetivo deve ser realista;
  • É preferível o objetivo positivo ao negativo (é melhor propor dominar a ação, a evitar o erro);
  • É necessário anotar os objetivos propostos;
  • É necessário possibilitar um apoio externo para o alcance do objetivo (família, amigos, companheiros de equipe).

Os esclarecimentos dos objetivos devem ser desenvolvidos de maneira consciente na cabeça do aluno/atleta, e do treinador, para que ambos estejam cientes do que vai ser desenvolvido e, praticado no decorrer dos treinos, trilhando, assim, o caminho preciso para a concretização desses objetivos.

3.5 Fatores que Influenciam a Motivação na Prática da Natação

     A natação faz parte no hall das atividades mais praticadas, a procura por essa atividade depende além da motivação e de outros fatores que podem predominar na vivência da prática. Para MACHADO (1995), esses fatores podem ser:

  • Ambiente;
  • Professor;
  • Material utilizado;
  • As Aulas;
  • Influência dos Pais;
  • Influência dos amigos;
  • Saúde;
  • Competição.

      O professor é o elo entre motivação e aluno, sobretudo após a entrada do mesmo em uma atividade, cabe a ele motivar quando necessário ou resgatar a motivação intrínseca no aluno, mesmo trabalhando com adversidades ou até mesmo desmotivação, até mesmo pelo fato da natação ser um esporte muito técnico, deve-se considerar que os alunos ou atletas têm diferentes níveis de capacidade e, por conseguinte, o professor ou treinador deve diferenciar os exercícios segundo a capacidade individual dos membros de sua equipe. Pelo fato que "tarefas fáceis produzem monotonia e saturação psíquica. Tarefas muito difíceis têm como conseqüência o fracasso e a frustração". (SAMULSKI, 2002:113). As duas situações são extremamente estimulantes para a melhoria do rendimento, conseqüentemente obtendo um aumento da motivação.

     A dificuldade de uma determinada tarefa ou exercício pode influenciar a motivação, pois tarefas fáceis se solucionam rapidamente (de maneira fácil); as tarefas difíceis não se consegue ou não são concretizadas. Para SAMULSKI (2002) aprende-se de forma ótima e com bom nível de motivação, no momento que o professor apresenta tarefas com um nível de dificuldade médio. 

      Já para SINGER (1977:48) ele descreve a relação entre a atividade e a motivação desejada:

Atividade 

Motivação desejável

Atividade relativamente simples

Motivação mais alta

Atividade moderadamente difícil

Motivação moderada

Atividade relativamente difícil

Motivação mais baixa

      Assim sendo, as atividades relacionadas como relativamente simples, são as que mais motivam, o desempenho nas atividades que requerem movimentos complexos, sutilmente coordenados e controlados do corpo será prejudicado pela motivação excessiva. Entretanto, eventos, situações ou gestos motores que requerem altos níveis de rigor em sua execução, persistência ou velocidade mais do que os movimentos precisos serão melhores executados com uma alta motivação.

4.METODOLOGIA

4.1 Procedimentos Organizativos

     A pesquisa realizada obteve uma abordagem do tipo quali-quantitativa. Qualitativa porque as pessoas pesquisadas intencionalmente respondiam aos perfis tópicos desejados, e quantitativa porque a pesquisa foi feita através da aplicação de um questionário padronizado a uma amostra significativa do universo da pesquisa. Quali-quantitativa também porque vão permitir que se conheça e que se dimensione, com a segurança dos procedimentos científicos, em detalhe e na sua forma natural, os pensamentos, representações, crenças e valores, de todo tipo e tamanho de coletividade, sobre todo tipo de tema que lhe diga a respeito. Assim tendo o estudo descritivo, com característica de pesquisa de motivação, com a descrição dos registros, análise e interpretação dos fenômenos pesquisados.Teve enfoque para a pesquisa de campo, foi através dela que foram feitas as observações sistemáticas das aulas, aplicação de questionários mistos para os alunos e técnicos com o intuito de descobrir quais os tipos de motivos para os alunos praticarem a natação e se há influência ou não, nos resultados finais, levando em consideração técnicas particulares do esporte. Não houve em nenhum momento por parte do pesquisador, o objetivo de comparar níveis de motivação entre os alunos ou escolas, e sim o objetivo de verificar se a motivação influência os praticantes da natação.

     O transcorrer da pesquisa se procedeu em 3 escolinhas de natação de Porto Velho-RO, com 23 alunos, com idade média de 14 a 18 anos, três técnicos das referidas instituições. Com o objetivo de descobrir se nos alunos existe motivação para a prática do esporte, porque procuraram, se houve ou não influência de pais e amigos. Bem como investigar se os técnicos conhecem o nível motivacional de cada aluno.

     A Coleta de dados foi realizada primeiramente com observação de 20 aulas/treino durante quatro meses divididos nos períodos de 15/09/2006 á 15/11/2006 e 15/03/2007 até 05/05/2007/, observando as aulas, comportamento dos alunos, procedimentos metodológicos, recursos didáticos e a desenvoltura dos alunos durante os exercícios no que diz respeito ao nível de motivação no qual se encontrava o mesmo.Após as observações aplicou-se questionário misto, os mesmos detinham informações sobre as aspirações futuras dos alunos, os principais desejos e por fim os objetivos que os levaram para a prática da natação respondida por cada um dos 23 alunos, e por fim questionário misto para os 03 técnicos.

     O estudo dos dados foi feito do agrupamento dos dados coletados. Analisou-se o questionário dos alunos para investigar os tipos de motivos, e confrontou-se com o questionário dos professores que visava investigar a existência de motivação por parte dos alunos durante as aulas. Os dados obtidos por questionários foram analisados estatisticamente, os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos, em freqüência absoluta e percentual, e classificados de acordo com os motivos no esporte segundo SCHUBRT & PUNI, SCHELLENBERGER apud CARDENAS (2006).

 Para confirmação dos dados obtidos pelo questionário as aulas foram observadas qualitativamente, analisando os resultados descritos associados aos resultados dos questionários.

•5.       APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para o levantamento dos dados optou-se por entrevistas com os técnicos e questionários aos alunos, nos quais descreveram sobre suas aspirações futuras, principais desejos e os motivos nos quais incidiram sua escolha pela natação. Para assim, ter como base de motivação a incidência dos principais motivos existentes nos atletas de natação.

    A tabela abaixo mostra os diferentes tipos de motivos dos alunos analisados, tendo em vista a necessidade dos mesmos para um bom desempenho na prática. Segundo SCHUBRT & PUNI, SCHELLENBERGER apud CARDENAS (2006) classificam o motivo no esporte como: Motivos Diretos, indiretos, pessoais e sociais.

Para uma análise multifacetada procuramos demonstrar os objetivos dos alunos com a seguinte divisão:

  • Motivos Diretos e pessoais;
  • Motivos Diretos e sociais;
  • Motivos Indiretos e pessoais;
  • Motivos indiretos e sociais;

 * Trabalho apresentado ao curso de Especialização em Ciências do movimento Humano, como requisito avaliativo na disciplina de Psicologia do Esporte sob a orientação do Profª Ms. Ramon Nunez Cárdenas

** Graduado no curso de Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal de Rondônia.

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